Flor em cinzas
Escuro de vela
Vitrola na esquina
Fortuna sem destino
Medo do poeta
Fechada a última fresta
Sempre novo sempre velho
rebusca as tintas no espelho cego
Olhar de andar sozinho
Em espaços vãos de horas
Perigo de iluminar o vazio
Suor na estampa
Rasura da alma
Tempo sem experiência
Retorno da história
Insensatez do imediato
Espírito livre, um basbaque
Trauma que não cicatriza
Chuva, frio e cinza
Espera do fim interminável
Paz no inferno não há quem
consiga
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