5 de novembro de 2014

Labirinto



Flor em cinzas
Escuro de vela
Vitrola na esquina

Fortuna sem destino
Medo do poeta
Fechada a última fresta

Sempre novo sempre velho
rebusca as tintas no espelho cego

Olhar de andar sozinho
Em espaços vãos de horas
Perigo de iluminar o vazio

Suor na estampa
Rasura da alma
Tempo sem experiência

Retorno da história
Insensatez do imediato
Espírito livre, um basbaque

Trauma que não cicatriza
Chuva, frio e cinza
Espera do fim interminável
Paz no inferno não há quem consiga

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