18 de outubro de 2014

Perca o guarda-chuva.

 

Abre a janela. Solta o cabelo. Escolhe aquele vestido verde simples. Vem descalça. Desarmada. Tá calor, mas logo vai chover. E você vai querer estar aqui fora, preparada. Pra abrir os braços, girar e se sentir na melhor idade. Pra se achar livre, competente. Pra se admirar e defender sua beleza de você mesma.
Escuta. Podem ser pingos, podem ser folhas. Pode ser a felicidade batendo na porta do seu falso pessimismo. Me leva, vento. Pra direção do ar mais puro. Do sorriso mais sincero. Do cheiro de pão mais caseiro.
Quero ser leve. Sem preocupações adiantas, sem medos infundados. Polem de jardim, ovo no ninho. Natureza de possibilidades e novos começos. Nunca faltam chances de acertar. De fazer valer a pena. Sai da margem, mergulha logo e não para de nadar. Não esquece de respirar, de mirar na direção que almeja. Não é uma competição. Sem perdedores. É só você, sendo você mesma. Soprando a vela, subindo na bike, dançando ao que eles não vão escutar. Agora vai, solta a pipa, ergue a cabeça e inventa a trilha do que faz teu olho brilhar.

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